Domingo de Ramos – Ano C

EVANGELHO – Lc 22,14-23,56 (forma longa) ou Lc 23,1-49 (forma breve)
(…) Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes,
os chefes e o povo, e disse-lhes:
«Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo.
Interroguei-O diante de vós
e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais. (…)
Vou, portanto, soltá-l’O, depois de O mandar castigar».
Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da festa.
Todos se puseram a gritar:
«Mata Esse e solta-nos Barrabás».
Barrabás tinha sido metido na cadeia
por causa de uma insurreição desencadeada na cidade
e por assassínio.
De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar Jesus.
Mas eles gritavam:
«Crucifica-O! Crucifica-O!».
Pilatos falou-lhes pela terceira vez:
«Mas que mal fez este homem?
Não encontrei n’Ele nenhum motivo de morte.
Por isso vou soltá-l’O, depois de O mandar castigar».
Mas eles continuavam a gritar,
pedindo que fosse crucificado,
e os seus clamores aumentavam de violência.
Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam:
soltou aquele que tinha sido metido na cadeia
por insurreição e assassínio,
como eles reclamavam,
e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.
Quando O conduziam,
lançaram mão de um certo Simão de Cirene,
que vinha do campo,
e puseram-lhe a cruz às costas,
para a levar atrás de Jesus.
Seguia-O grande multidão de povo
e mulheres que batiam no peito
e se lamentavam, chorando por Ele.
Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes:
«Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim;
chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos.
Pois dias virão em que se dirá:
‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram
e os peitos que não amamentaram’.
(…) Quando chegaram ao lugar chamado Calvário,
crucificaram-n’O a Ele e aos malfeitores,
um à direita e outro à esquerda.
Jesus dizia:
«Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem».
Depois deitaram sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus.
O povo permanecia ali a observar.
Por sua vez, os chefes zombavam e diziam:
«Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo,
se é o Messias de Deus, o Eleito».
Também os soldados troçavam d’Ele;
aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam:
«Se és o Rei dos Judeus, salva-Te a Ti mesmo».
Por cima d’Ele havia um letreiro:
«Este é o Rei dos Judeus».
Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados
insultava-O, dizendo:
«Não és Tu o Messias?
Salva-Te a Ti mesmo e a nós também».
Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o:
«Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício?
Quanto a nós, fez-se justiça,
pois recebemos o castigo das nossas más ações.
Mas Ele nada praticou de condenável».
E acrescentou:
«Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza».
Jesus respondeu-lhe:
«Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».
Era já quase meio-dia,
quando as trevas cobriram toda a terra,
até às três horas da tarde,
porque o sol se tinha eclipsado.
O véu do templo rasgou-se ao meio.
E Jesus exclamou com voz forte:
«Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito».
Dito isto, expirou.
Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo:
«Realmente este homem era justo».
E toda a multidão que tinha assistido àquele espetáculo,
ao ver o que se passava, regressava batendo no peito.
Todos os conhecidos de Jesus,
bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia,
mantinham-se à distância, observando estas coisas.

 

O domingo com o qual iniciamos a Semana Santa é o chamado Domingo de Ramos na Paixão do Senhor. Jesus entra na sua cidade de Jerusalém, aclamado como Rei e Messias, mas Ele sabe o que O espera de verdade: vai para oferecer a sua vida por nós, por amor, para que nós tenhamos vida e vida em abundância. Que também nós, agradecidos por tudo quanto o Senhor fez por nós, saibamos seguir Jesus de verdade, sabendo que a nossa Esperança está na Cruz de Jesus!

Diante da maldade dos homens, Jesus, como podemos observar, responde apenas e só com amor e misericórdia! Pensa em todos nós e dispensa o seu perdão a todos, mesmo àqueles que O negam, O entregam ou crucificam! Acolhe, também tu, o seu perdão, pois foi também por ti que Jesus deu a vida e pediu perdão ao Pai, colocando sempre a tua Esperança na Cruz de Jesus!


Assim, olha para a Paixão de Jesus como a prova mais sublime do Amor de Deus para connosco. Na Cruz de Jesus colocamos a nossa Esperança, uma Esperança “que não engana”! Hoje, se vivermos como verdadeiros discípulos de Jesus, estaremos a oferecer ao mundo um verdadeiro grito de Esperança! Terás essa coragem? Então, decide-te a amar como Jesus, perdoando sempre e dando-te sem medida numa atitude de serviço e entrega aos outros!